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A adoração da mente

Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem está unido comigo e eu com ele, esse dá muito fruto porque sem mim vocês não podem fazer nada. (João 15:5)

Quando eu estava envolvido com o grupo jovem, eu amava inovar as peças de teatro, as cantatas, as preleções, os encontros sociais, etc. Hoje em dia eu não penso assim, mas observo que muitos eventos e atrações continuam por aí sendo realizados sem a percepção de que a tarefa de evangelismo é bastante simples, assim como simples é o Senhor Jesus.

Sem dúvida, a mente humana é criativa e as idéias podem ser lindas e maravilhosas, mas são espiritualmente ineficazes se forem colocadas em prática sem a orientação divina. É preciso ter a consciência da importância da unção do Espírito Santo quando se quer agradar a Deus. Sem essa unção, qualquer técnica humana não passa de mera peça teatral sem significado algum para ele.

Eu nunca me esqueci de um debate que ocorreu em uma aula de literatura. Um estudante estava indignado porque a Bíblia sempre foi um “Best Seller”. Ele argumentava que a humanidade seria melhor se, em vez de lê-la, vivesse uma vida racional. Meu professor respondeu com naturalidade: – Ah, então você adora a mente.

O estudante respondeu: – O quê? Eu não adoro nada! Eu sou um ateu. Será que você não me entendeu? Eu disse que o homem só será capaz de criar uma sociedade pacífica e feliz quando usar o cérebro e passar a pensar logicamente.

– Sim, eu entendi, respondeu o professor. – Você está dizendo que vê a mente como a maior fonte da verdade. Que não existe nada acima dela. E que mediante o uso do cérebro, o homem obterá todas as respostas que busca. Sim, isso é um caso claro de adoração da mente. Adoração é submeter-se a alguém. Adorar a mente significa submeter-se às ideías humanas.

Eu não gosto de admitir isso, mas escrevo que várias vezes caí na tentação de “adorar a mente”, ou seja, adorar as minhas idéias, em detrimento das idéias de Deus. No entanto, o plano divino para uma verdadeira adoração é simples. Ele disse que basta depender dele, assim como um ramo depende da videira. De fato, é impossível para o homem alcançar a verdadeira adoração sem Deus no domínio das suas idéias, do seu “eu”.

Cristo é a videira verdadeira, e nós somos os ramos. Nenhum pensamento humano, por mais brilhante que seja, nenhuma boa obra, por mais magnífica que seja, nos darão as respostas que buscamos para nossa alma. Com Cristo no controle a vida passageira se torna eterna, cheia de significado.

Estar unido com Cristo é adorá-lo, em vez de adorar a mente humana. É submeter-se à simplicidade do seu mandado. Ele nunca nos pediu que devêssemos fazer algo sofisticado, idealizado por nossas mentes férteis, para servi-lo. Ele é a árvore que nos sustenta e nós somos apenas os ramos, dos quais muitos frutos deverão brotar, se permanecermos dependentes dele.

O mandado de Cristo é estarmos unidos com ele. Isso significa comunicarmos com ele todo dia em oração e leitura bíblica; cultuarmos a ele em todo momento e em tudo que fizermos; refletirmos a sua bondade em todo lugar; fugirmos do pecado em todo instante e servirmos ao próximo nas suas necessidade

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