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Uma fé heróica

 
 
Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte? [...] Em todas essas situações temos a vitória completa por meio daquele que nos amou. (Romanos 8: 35, 37)

Sempre que a vida se torna difícil, eu releio sobre os heróis cristãos com intuito de encontrar inspiração para viver. Lendo sobre a filósofa alemã Edith Stein – conhecida como Teresa Benedita da Cruz – percebi que ela não era uma “santa” qualquer.

Nascida em 1891, Edith pertencia a uma família judaica ortodoxa. Quando adolescente, ela abandonou o judaísmo e abraçou o ateísmo intelectual. Sem fé, mas dotada de uma mente brilhante, ela foi uma das primeiras mulheres a ingressar em uma universidade alemã, onde estudou filosofia com o acadêmico Edmund Husserl.

Sua busca pela verdade através da filosofia não permitiu que ela continuasse no ateísmo. Então, ela começou a se interessar pela religião novamente. Em 1921, após fazer amizade com vários devotos cristãos protestantes e ler a autobiografia de uma freira católica, Stein percebeu que as respostas que ela procurava poderiam ser encontradas em Cristo. Ela foi batizada aos 29 anos.

Após a conversão, ela continuou seus estudos acadêmicos. Stein usou sua mente afiada para defender a dignidade da mulher, promovendo uma forma de feminismo bem diferente do que vemos hoje. Seus escritos revelam uma mulher que respeitava as diferenças entre os sexos. Apesar de seu amor pela maternidade, ela não se casou e nem teve filhos, mas se tornou uma “mãe” espiritual.

Em 1933, Edith foi proibida de lecionar nas universidades alemãs por causa de sua origem judaica. Destituída de vida pública, Stein se tornou uma freira carmelita dedicada à oração e estudo, apaixonada por Cristo no temor da Sua Cruz.


Na Segunda Guerra Mundial, Stein e suas irmãs fugiram para um convento na Holanda. Com a invasão da Holanda, os nazistas deportaram todos os judeus para Auschwitz. Os relatórios dizem que Edith, de boa vontade, ajudava as mães judias e seus filhos na viagem terrível para Auschwitz. Em 09 de agosto de 1942, Edith e sua irmã biológica, Rosa, morreram em uma câmara de gás.

A dramática história de Edith Stein é um lembrete da graça de Deus, das coisas maravilhosas que Ele pode realizar por aqueles que o amam – mesmo que a pessoa tenha passado seus melhores anos longe da fé. Embora a história de Stein tenha terminado tragicamente, sua vida foi um exemplo. Os relatos descrevem que ela nunca se deixou ser abatida pelos seus sofrimentos, mas se importava com o sofrimento alheio. Stein tinha uma fé heróica.

Edith Stein escreveu: “Sofrer é ser feliz apesar do sofrimento; é andar com os pés descalços por caminhos sujos e ásperos e mesmo assim acreditar que será entronizado com Cristo à direita do Pai; é sorrir e chorar com as crianças necessitadas e incessantemente cantar louvores a Deus, como fazem os anjos – esta é a vida do cristão, até que se rompa a aurora da eternidade”.

Você está enfrentando um desafio em sua vida agora? Anime-se em saber que nada pode separá-lo do amor de Deus, e que muitas pessoas têm trilhado caminhos difíceis crendo na vitória em Cristo
 

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